sexta-feira, 14 de maio de 2021

O meu Personal Learning Environment


Descrição:

 

Na elaboração da representação visual do meu Ambiente Pessoal de Aprendizagem, no âmbito do Mestrado em Pedagogia do eLearning, optei por iniciar a tarefa através de um modelo proposto por Christopher D. Sessums, o modelo dos quatro Cs: Collect; Communicate; Create e; Collaborate.

 

Estas quatro categorias apresentadas distinguem-se por um diverso conjunto de ações:

·       Recolher (Collect): reúna artigos, ferramentas, dados, imagens e recursos, …

·       Comunicar (Communicate): partilhar ideias, transmitir informações, efetuar perguntas, responder, comentar, esclareçer, …

·       Criar (Create): gerar ideias, produzir, escrever, elaborar conteúdos, …

·       Colaborar (Collaborate): sintetizar, trabalhar com colegas, engajar-se, discutir, participar, …

 

À medida que ia construindo a representação visual do PLE - Personal Learning Environment verifiquei que algumas ferramentas ou aplicações eram utilizadas em diferentes categorias. Neste aspeto destacou-se a plataforma eLearning da Universidade Aberta, apresentada na representação visual como elearning.uab.pt.

 

Durante a construção da representação visual do PLE apercebi-me que não estava a considerar duas dimensões (categorias) que considero fundamentais no meu ambiente de aprendizagem: Partilhar (Share) e Armazenar (Store). Deste modo optei por acrescentar as duas categorias.

 

Fiquei surpreendido ao percecionar a diversa e variada quantidade de ferramentas e aplicações que utilizo, bem como foi possível para mim refletir na utilidade que têm na minha aprendizagem e como se relacionam entre si.

 

Considero que o meu PLE é um ambiente em evolução e em mutação constante. Certo de que no mês passado era diferente e que, por certo, no próximo mês será diferente.

 

 

Cavanaugh, C., Sessums, C., & Drexler, W. (2015). A call to action for research in digitallearning: Learning without limits of time, place, path, pace…or evidence. Journal of Online Learning Research, 1(1), 9-15.

 

Malamed, C. (2017). Models For Designing Your Personal Learning Environment. The eLearning Coach. Acedido em: http://theelearningcoach.com/elearning2-0/designing-personal-learning-environment/


terça-feira, 11 de maio de 2021

Os Personal Learning Environments


Bibliografia Anotada I

 

Rodrigues, P. & Miranda, G. (2013). Ambientes pessoais de aprendizagem: conceções e práticas. RELATEC ­ Revista Latinoamericana de Tecnología Educativa (1) 12, pp. 23-34. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/279958203_Ambientes_pessoais_de_aprendizagem_concecoes_e_praticas_Personal_learning_environments_conceptions_and_practices

 

Dividido em quatro partes principais, o artigo inicia expondo as principais conceções e práticas, explorando e refletindo em torno da definição de Ambientes Pessoais de Aprendizagem (Personal Learning Environments – PLE). Considerando perceções de diferentes autores e especialistas, o artigo destaca duas visões distintas em relação aos PLE. Os PLE como uma abordagem pedagógica, correspondendo a um ambiente de aprendizagem onde atores e comunidades educativas interagem de forma flexível e, o PLE visto como uma tecnologia, que funciona como um conjunto de ferramentas e aplicações digitais interconectadas. Articulando estas diferentes perspetivas, os autores caraterizam um PLE como um “espaço” interativo promotor de aprendizagens que recorre a diversos meios digitais, particularmente gerido por cada utilizador e que pode ser continuamente aperfeiçoado.

Numa segunda parte do artigo são apresentadas e fundamentadas as opções metodológicas, bem como a processo desenvolvido para se chegar aos dados e respetiva análise. A terceira parte do artigo expõe e analisa os dados recolhidos, discutindo os dados mais relevantes que permitem elucidar os objetivos propostos da investigação.

Por fim, são expostas as considerações finais, juntamente com as implicações da pesquisa realizada. No artigo os autores indicam que a utilização de Ambientes Pessoais de Aprendizagem estimula   o progresso de instrumentos de auto-orientação e conduz a estratégias de aprendizagem descentralizadas das instituições formais de ensino. Esta auto-orientação é percecionada no artigo como interligada ao desenvolvimento de competências como a autonomia, a independência e a organização individual da aprendizagem. Assim, os autores apelam à necessidade de reconfiguração dos programas de ensino, bem como à alteração de atitudes por parte dos vários participantes no processo de ensino e aprendizagem.

Pela evolução contemporânea da integração digital na sociedade e na educação e pelo incremento de uma “educação ao longo de toda a vida”, caraterizada por uma maior independência e autonomia de quem aprende, este artigo, ao refletir sobre os Ambientes Pessoais de Aprendizagem, evidencia-se como bastante relevante. Em particular num período que os “espaços” e os conteúdos educativos, quer por suas abrangências, quer por as suas facilidades de acesso, reclamam “ambientes pessoais de aprendizagem” mais organizados, ricos e refletidos.

 

 

Bibliografia Anotada II

 

Torres Kompena, R., Edirisinghab, P., Xavier Canaletaa, X., Alsinaa, M. & Monguet, J. (2019). Personal learning Environments based on Web 2.0 services in higher education. Telematics and Informatics (38), pp. 194-206. Disponível em:  https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0736585318306312

 

Para os autores a discussão académica em torno dos Personal Learning Environments – PLE surgiu por volta de 2005 associada a académicos e especialistas das tecnologias da educação. Desde esse período as pesquisas e os trabalhos associados aos PLE têm vindo a aumentar significativamente. O artigo destaca que os alunos ao construírem e usarem os seus PLEs de modo ativo tendem a ativamente terem o controle dos seus processos de aprendizagem. Esse controlo é alcançado ao serem capazes de escolher e combinar várias alternativas para, entre outras ações, capturar, armazenar, classificar, analisar, criar, compartilhar, disseminar e processar informações, gerando assim o conhecimento. Contudo os autores alertam que na prática a aplicação de PLEs em diversos níveis e áreas de ensino ainda está em experimentação, não se desenvolvendo ou tendo o mesmo sucesso em diferentes contextos e situações.

Este estudo mostrou que os PLEs têm o potencial de contribuir para a aprendizagem em geral. Em particular o estudo revela que existe um aumento significativo na motivação dos alunos, já que estão ativamente envolvidos no processo de aprendizagem. Ao contrário de serem meros recetores de informações, os alunos tornam-se os protagonistas do processo de aprendizagem. O estudo também evidencia que a existência de múltiplos canais de comunicação permite que os alunos iniciem e participem de diálogos, e perguntem e respondam questões, aumentando assim a interatividade e a participação. Outro aspeto interessante que ressalta nas conclusões do estudo é que os PLEs ​​fornecem acesso a um grande conjunto de informações adicionais que podem ser usadas para apoiar e complementar os materiais fundamentais disponibilizados pelos professores. Deste modo o estudo realça que os alunos podem começar o processo de aprendizagem do mesmo ponto de partida, mas durante a evolução dos processos as aprendizagens divergem, sendo personalizadas de acordo com os interesses e estilos de aprendizagem de cada aluno.

Embora ancorado num estudo de caso, este estudo evidencia as potencialidades dos PLEs numa perspetiva bastante pedagógica, contribuindo e reforçando muita da literatura existente neste âmbito. O facto do estudo se circunscrever a um contexto de ensino superior pode-nos sugerir, ou reforçar a ideia de alguns autores, que o sucesso da utilização de PLEs tem mais impacto em alunos com mais maturidade, mais independência e maior autonomia.

Temática III -Desenho da aprendizagem online

Práticas de desenvolvimento curricular e avaliação em Cidadania e Desenvolvimento Visualizar trabalho